O prazer de ensinar em classe hospitalar - Relatos sobre a Classe Hospitalar do Hospital A.C. Camargo
O sonho de Dona Carmen Prudente de ter uma escola dentro de um hospital parecia impossível para alguns na década de 1960. Ela afirmava que as crianças conseguiam vencer a doença, mas não conseguiam vencer na vida sem educação. Há exatos 25 anos a Escola Especializada Schwester Heine surgiu para mudar essa história.
Dona Genoveva Vello, Diretora da Escolinha, conta como foi o processo dessa conquista. "Entrei como voluntária no Hospital no dia 13 de outubro de 1967. Buscávamos contato com a prefeitura, por meio da qual conseguimos a abertura da Escola e, posteriormente, também o apoio da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Hoje somos referência nacional em classes hospitalares", afirma.
Próximo a essa importante data para o Hospital A.C.Camargo também é comemorado o Dia do Professor (15 de outubro) e, segundo as professoras da Escolinha, a união desses dois universos - da saúde e educação - é prazerosa, emocionante e gratificante.
Iara é uma das 14 professoras que hoje trabalham diariamente na Escolinha. Há 11 anos no Hospital, ela conta que o maior prazer no seu trabalho é ver uma criança bem, brincando em momentos como o da festa do Dia das Crianças, realizada na última quarta-feira. "Temos uma relação bem próxima com os pacientes. Vê-los brincando, correndo e se divertindo depois do tratamento é um sentimento maravilhoso".
Há 12 anos na Escolinha, a professora Regiane diz que há uma enorme diferença entre ensinar em uma escola normal e em classe hospitalar. "Aqui nós ensinamos a quem realmente quer aprender. Não precisamos ficar gritando, pedindo atenção. Na maioria das vezes os próprios pacientes pedem atividades pedagógicas", comenta.
Como em qualquer outro trabalho, há um período de experiência e de adaptação à realidade de um hospital oncológico. "Nesse momento enxergamos que nossos problemas são mínimos e que só devemos agradecer por termos a vida que temos", completa a professora Camila, há oito anos no Hospital. "Aqui dentro nós só aprendemos. É uma oportunidade única", afirma.
Há muitos casos emocionantes e marcantes. "Tive um paciente índio, que mora em uma tribo em Roraima. Ele nunca tinha saído de lá e veio fazer o tratamento aqui no A.C.Camargo. Uma criança como essa enfrenta muitas dificuldades: estar longe da mãe, distante de casa, em um ambiente totalmente diferente do que está acostumado e por uma causa que já é por si mesma delicada. Lidar com esse tipo de situação é uma experiência incrível e, casos como esse, a gente nunca imagina ter", lembra a professora Iara.
"É muito bom ver que a vida dos nossos alunos continua depois que saem daqui. Outro dia encontrei um paciente que foi tratado aos 13 anos e, atualmente, está estudando música", também lembra a professora Regiane. "É um trabalho imensamente gratificante, aprendemos muito mais com eles do que podemos ensinar. É uma lição de vida a cada dia".
No dia dos Professores, essa é uma homenagem do Hospital A.C.Camargo a todas as professoras da Escola da Pediatria Schwester Heine e também do país.
Dona Genoveva Vello, Diretora da Escolinha, conta como foi o processo dessa conquista. "Entrei como voluntária no Hospital no dia 13 de outubro de 1967. Buscávamos contato com a prefeitura, por meio da qual conseguimos a abertura da Escola e, posteriormente, também o apoio da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Hoje somos referência nacional em classes hospitalares", afirma.
Próximo a essa importante data para o Hospital A.C.Camargo também é comemorado o Dia do Professor (15 de outubro) e, segundo as professoras da Escolinha, a união desses dois universos - da saúde e educação - é prazerosa, emocionante e gratificante.
Iara é uma das 14 professoras que hoje trabalham diariamente na Escolinha. Há 11 anos no Hospital, ela conta que o maior prazer no seu trabalho é ver uma criança bem, brincando em momentos como o da festa do Dia das Crianças, realizada na última quarta-feira. "Temos uma relação bem próxima com os pacientes. Vê-los brincando, correndo e se divertindo depois do tratamento é um sentimento maravilhoso".
Há 12 anos na Escolinha, a professora Regiane diz que há uma enorme diferença entre ensinar em uma escola normal e em classe hospitalar. "Aqui nós ensinamos a quem realmente quer aprender. Não precisamos ficar gritando, pedindo atenção. Na maioria das vezes os próprios pacientes pedem atividades pedagógicas", comenta.
Como em qualquer outro trabalho, há um período de experiência e de adaptação à realidade de um hospital oncológico. "Nesse momento enxergamos que nossos problemas são mínimos e que só devemos agradecer por termos a vida que temos", completa a professora Camila, há oito anos no Hospital. "Aqui dentro nós só aprendemos. É uma oportunidade única", afirma.
Há muitos casos emocionantes e marcantes. "Tive um paciente índio, que mora em uma tribo em Roraima. Ele nunca tinha saído de lá e veio fazer o tratamento aqui no A.C.Camargo. Uma criança como essa enfrenta muitas dificuldades: estar longe da mãe, distante de casa, em um ambiente totalmente diferente do que está acostumado e por uma causa que já é por si mesma delicada. Lidar com esse tipo de situação é uma experiência incrível e, casos como esse, a gente nunca imagina ter", lembra a professora Iara.
"É muito bom ver que a vida dos nossos alunos continua depois que saem daqui. Outro dia encontrei um paciente que foi tratado aos 13 anos e, atualmente, está estudando música", também lembra a professora Regiane. "É um trabalho imensamente gratificante, aprendemos muito mais com eles do que podemos ensinar. É uma lição de vida a cada dia".
No dia dos Professores, essa é uma homenagem do Hospital A.C.Camargo a todas as professoras da Escola da Pediatria Schwester Heine e também do país.
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